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Há exatos 40 anos caiu o avião da banda Lynyrd Skynyrd, matando parte do grupo

  • Foto do escritor: Rodrigo Bié
    Rodrigo Bié
  • 21 de out. de 2017
  • 3 min de leitura

Em outubro de 1977 o Lynyrd Skynyrd se encontrava num ponto alto de sua carreira. A revigoração do grupo com a entrada de Steve Gaines, uma série de shows antológicos - fase bem representada pelo concerto em Knebworth no ano anterior - e a ótima receptividade ao álbum "Street Survivors" reforçavam o excelente período pela qual passava a banda.

Decidem trocar o ônibus utilizado nas turnês por um pequeno avião modelo Convair 240 manufaturado em 1947. O avião, apelidado de "Free Bird", facilitaria as viagens daquela que prometia ser uma movimentada turnê e que em breve teria inicio.

No dia 20 de outubro, a banda tinha como compromisso um show no Lousiana State University, Baton Rouge, Luisiana. O Convair, com 26 pessoas - a banda, sua equipe e dois tripulantes - levantou vôo de Greenville, Carolina do Sul, no final da tarde. Por volta das 18h42 o avião apresentou problemas e começou a perder altitude. Um dos motores parou durante o voo, e os pilotos tentaram transferir o combustivel restante para o outro motor, sem efeito. Ou antes, o procedimento teve um resultado: esgotou de forma mais rápida o combustível que restava, parando o segundo motor. O avião começou a cair rapidamente. O piloto ainda tentou desviar para um aeroporto próximo, mas as asas começaram a colidir contra as árvores mais altas.

Quando perceberam que o avião estava caindo, Van Zant agarrou um travesseiro de veludo vermelho e deu um aperto de mão em Artimus Pyle, segundo este contou (o baterista foi um dos poucos sobreviventes que não perdeu a consciência). "Ele olhou para mim e sorriu, como apenas ele conseguia sorrir, falando para não me preocupar, com seus olhos castanhos dizendo 'Bem, é hora de ir, parceiro'. Dois minutos depois ele estava morto com um ferimento na cabeça".

O avião caiu em uma densa floresta, em uma área pantanosa próxima a Gillsburg, McComb, Mississipi. Na colisão, o avião partiu-se no meio. O guitarrista Steve Gaines, o roadie manager Dean Kilpatrick, o piloto Walter MacCreary e o co-piloto William Gray morreram na hora. Ronnie foi arremessado contra a fuselagem do avião sofrendo traumatismo craniano. Também faleceu instantaneamente. De acordo com relatos de Pyle e do tecladista Billy Powell, Cassie Gaines sofreu um profundo ferimento na garganta e sangrou até a morte em seus braços.

"Após o acidente, o empresário da banda alugou dois aviões e nos levou ao local em McComb. Eu continuava não acreditando. Eu não acreditei quando voltei para casa, continuei não acreditando após o funeral e por um longo tempo depois", disse Judy Van Zant Jenness, viúva de Ronnie.

Como geralmente acontece nesses casos, a tragédia resultou em maior exposição do Skynyrd e na venda de milhares de discos. Alguns dias após o acidente, Teresa Gaines, viúva de Steve, pediu a MCA que substituísse a capa de "Street Survivors" - que apresentava chamas ao fundo, as quais envolviam especialmente a imagem de Steve, certamente algo que assumiu um novo e triste simbolismo após o acidente.

Os corpos de Steve Gaines e de sua irmã Cassie Gaines foram cremados e as cinzas sepultadas no cemitério Jacksonville Memory Garden. Ronnie foi sepultado no mesmo cemitério, juntamente com seu chapéu Texas Hi-Roller negro e sua vara de pescar favorita. Cento e cinquenta amigos e familiares participaram do serviço fúnebre, marcado pela mensagem do ministro David Evans, de que Ronnie Van Zant, o carismático e visionário vocalista do Lynyrd Skynyrd não estava morto; ele vivia em espírito no céu e terra, através de sua música.

 
 
 

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